O Pantanal, uma das maiores extensões de áreas alagadas do mundo, situa-se na planície da Bacia do Alto Paraguai. Esta Bacia ocupa uma área total de quase 600.000 km², dos quais 368.000 km² localizadas em território brasileiro, 110.000 km² no Paraguai e 121.000 km² na Bolívia. O Pantanal se estende por uma área de 138.183 km² (Embrapa Pantanal).
A área do projeto que está delimitada nas áreas das Unidades de Conservação: Estação Ecológica da Serra das Araras e Estação Ecológica de Taiamã e seus entornos, com impacto em áreas dos municípios de Cáceres, Porto Estrela, Nossa Senhora do Livramento e Barra do Bugres, num total de 135.772 pessoas vivendo nos municípios (IBGE 2013) somando um total de 37.976,891 km2 (IBGE).
A Esec da Serra das Araras, uma unidade de conservação federal da categoria de proteção integral foi criada pelo decreto 87.222, de 31 de maio de 1982 (BRASIL, 1982). Essa área protegida localiza-se no bioma Cerrado em uma zona de transição com os biomas Pantanal e Amazônia, sendo uma das únicas unidades de conservação federal localizada em uma região de tensão entre três biomas.
A cidade sede do projeto, Cáceres, é conhecida como a “Princesinha do Pantanal”, e divide com Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a posição de principal polo da região. Foi fundada em 1778 e fica localizada na microrregião do Alto Pantanal, fazendo fronteira com a Bolívia.
Nos municípios do entorno temos identificado comunidades tradicionais, assentamentos e Terras Indígenas. O Pantanal Mato-Grossense, declarado pela Unesco como Reserva da Biosfera Mundial, tem quatro biomas sul-americanos representados em seu interior: Cerrado, Chaco, Floresta Amazônica e Mata Atlântica.
Segundo dados publicados nos planos de manejos, muitas áreas produtivas se encontram em processo de degradação ambiental, com atividades agrícolas em várias escalas. O uso do fogo para manejo é comum nessa região. As culturas de cana de açúcar, soja, algodão, arroz, girassol são voltadas para indústria, entre elas a Sucroalcooleira para o mercado nacional e também para o mercado externo.
O rebanho de gado para corte extensão na região é considerado um dos maiores do país. Com isso, alguns rebanhos comumente invadem as áreas de conservação. Cidades importantes como Cáceres são Zonas de Processamentos e Exportação, que atraem empresas de exportação de commodities, tais como açúcar, madeira e mineral. Em Barra do Bugres, a indústria sucroalcooleira e bovinocultura de corte são representativas. O turismo comum na região é da pesca esportiva, com muito potencial a ser desenvolvido para o turismo ambiental.
No Pantanal, onde sobrevive uma fauna exuberante, as aves se destacam, tendo sido catalogadas 463 espécies. A região possui um número considerável de peixes, 325. 98 espécies de répteis, 212 espécies de mamíferos e anfíbios. (MMA – 2010 e Embrapa Pantanal). A região é bastante favorável à apreciação da fauna, por apresentar uma fitofisionomia de vegetação esparsa.
O bioma Pantanal é o resultado da grande influência biogeográfica dos biomas vizinhos, como o Cerrado a leste, a Amazônia ao norte e o Chaco a sudoeste. Segundo estudos da Embrapa Pantanal, o estado de conservação da vegetação é bom e cerca de metade de sua área permanece em estado natural. Segundo ABDON et al. (2007), o Bioma Pantanal ainda é bastante conservado, pois apresentava 88,46% de cobertura natural, contra 11,54% de área antrópica até 2002.
A cidade sede do projeto é conhecida como a “Princesinha do Pantanal”, está situada no Mato Grosso e divide com Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a posição de principal polo da região. Com 87,912 mil habitantes, foi fundada, em 1778, por determinação do capitão-general da capitania de Mato Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.
Localizada na microrregião do Alto Pantanal, Cáceres faz fronteira com a Bolívia e nasceu para ser um ponto de ligação com a antiga capital do Estado, Vila Bela da Santíssima Trindade (1752-1820) e a região Sudeste, via a navegação do rio Paraguai. A cidade era o divisor de terras entre Portugal e Espanha pelo Tratado de Madri, que estabeleceu o Marco do Jaurú, desde 1883, assentado na frente da Igreja Matriz.
Conhecida no passado como Vila-Maria do Paraguai, a Cáceres cresceu a partir da indústria extrativista, com a pecuária, os ciclos da Borracha e extração da Ipecacuanha (poaia), o Ouro negro da floresta.
Hoje a economia local é baseada na pecuária e a cidade possui um dos maiores rebanhos bovinos do Brasil. O turismo de pesca e de observação de animais são atividades crescentes da região que possui um dos maiores festivais de pescas do mundo, segundo o Guiness Book.